quinta-feira, fevereiro 17, 2005


Um dia acordei... Que manhã mais banal, ideal para começar o pior dia de dois dias, o pior dia da semana ,do mês, ou mesmo do ano. Um dia agitado aproximava-se tranportando consigo, à semelhança de dejá vu, a monotonia cortante de muitos outros. Só a ideia de enfretar a multidão desenfreada já me congelava os movimentos com uma dor tão estridente quanto a que os sentidos me permitiam absorver, e o pior, o que ninguém deseja, aproximava-se . Saí, fui em frente em direcção àquilo de que muitos fogem, àquilo que ninguém quer nem para si nem para os outros, mas fui. Caminhei com medo, tanto que fazê-lo, era quase uma sina que dava a mim mesmo, um karma, a penitência, não de todos mas de alguns pecados cometidos ou ainda por cometer, mas fui, em direcção àquilo de que muitos fogem . Tão sinuoso este caminho que pisava, onde cortava os pés, passo após passo, ferindo-me com o peso do meu próprio corpo, acrescido do peso da minha consciência, mas fui em direcção àquilo de que muitos fogem. Mas quando cheguei uma lágrima percorreu-me, desde a epiderme até às profundezas da alma . Apercebi-me que aquilo que muitos não querem ou não desejam é por vezes aquilo de que mais preciso para marcar a minha individualidade, que preciso para me definir como alguém que pensa por si só, quer seja correcta ou incorrectamente.
Sou um organismo vivo e racional e muitas vezes ao longo deste caminho, tenho de tomar opções, fazer escolhas, marcar posições. Umas serão boas e sem dúvida frutuosas, outras serão menos boas e talvez desastrosas mas só conseguirei transpirar a minha integridade se for audaz o suficiente para arcar com o peso de ambas e é disto que muitos fogem!
 Posted by Hello

1 comentário:

Anónimo disse...

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