quarta-feira, novembro 10, 2004

Só faz quem quer!

Uma vela pela praxe.

O assunto que hoje me traz até vós é nada mais, nada menos do que as praxes académicas.
Foi com grande surpresa que ao folhear o jornal "O Público" me deparei com uma notícia referente ao já conhecido caso de Ana Francisco, aluna da Escola Superior Agrária de Santarém.
Para quem não se recorda, isto sucedeu-se o ano passado. Ana Francisco prestou queixa na policia de segurança pública alegando que tinha sido torturada durante uma praxe que envolvia seis membros da então actual comissão de praxe e um veterano, tendo os primeiros seis sido acusados de crime de ofensa à integridade física qualificada e o último de coacção e injúria. Os sete indivíduos ficaram sujeitos a termo de identidade e residência e foram ainda privados de assistir ás aulas durante quinze dias.
Agora pergunto-vos, que ritual é este, tão macabro e ofensivo nas bocas dos comentadores? Que torturas são estas a que se sujeitam os jovens estudantes, inocentes e indefesos? Porquê este mártir? Agora sou eu mesmo quem vos responde e com prazer.
A praxe académica é uma instituição em decadência e uma tradição que como muitas outras se vai perdendo. É em defesa desta tradição que intervenho dando a minha opinião de quem vive e já viveu toda a euforia do mundo académico com orgulho.
A praxe só faz quem quer e não tem como objectivo violentar ou pôr em causa direitos e princípios dos alunos. Visa sim a sua integração na nova instituição e familiarizar os alunos com a cidade e entre si mesmos. Penso que não devemos tomar o um pelo todo e julgar de forma errónea anos de tradição. A praxe não é uma ditadura é uma democracia e por isso respeita a definição que cada um tem de abuso e não vai além dos limites que cada aluno impuser, só faz quem quer. No entanto há que saber praxar e ter em conta os limites de cada individuo, eu dou o meu exemplo. Fui caloiro, e sempre fui respeitado por isso respeito quem o mesmo fizer.
Como se isto não bastasse, os nossos jovens estudantes inocentes e indefesos destas duas qualidades não têm nenhuma, são pessoas cultas e adultas (supostamente) que deveriam saber fazer valer os seus direitos. No entanto preferem ser alegadas vítimas de um sistema que nem se preocupam em conhecer. Caros jovens inocentes e indefesos leiam os códigos de praxe.
Quase me esquecia, a caloira Ana Francisco depois de todas estas torturas e de todo este penar foi colocada numa instituição onde (supostamente) não tinha média para entrar. Jovem inocente e indefesa. Juízos de valor? Só faz quem quer.

Pela tradição de que todos fazemos parte. FFFFFFFFFRRRRRRRRRRAAAAAAA.
Posted by Hello

3 comentários:

Anónimo disse...

Acho que a tua exposição sobre este problema está muito bem conseguida, e eu gostava de saber porque é uma pessoa que nunca estou no ensino superior pode pertencer ao MATA (Movimento Académico Anti-Praxe)?!?! Como é que pessoas, algumas já reformadas, sem qualquer tipo de experiência em termos de praxes, entendem que tem opinião neste assunto?!?! E só mais uma coisa... A praxe não é só de Coimbra! Não são só os estudantes da academia conibrincense têm o direito de praxar.! Os estudantes de Castelo Branco, do Porto, de Faro, de Chaves ou de Ponta Delgada também direito! A praxe é uma tradição portuguesa!!!

Ricardo disse...

Bom tema de discussão sim senhor.... De facto os estudantes e a forma como os estudantes se comportam incomoda muita gente que não deve ter mais nada com que se preocupar!...
As praxes são de facto um tema de muita controvérsia principalmente junto daqueles que não têm espírito e não sabem o verdadeiro objectivo de uma praxe. Eu fui praxado e também praxei e nunca ninguém me fez perder a minha dignidade e nem eu nunca fiz alguém perder a dignidade. Somos adultos, maiores e vacionados e temos que ter a capacidade de impor limites, eu sei impor os meus e acho que cada pessoa deve saber impor os seus! Coitadinha da menina que foi humilhada, qual menina mimada que não se sabe defender!... Se calhar deveria ter levado o papá e a mamã para a protegerem ou se tem medo ou teve medo comprasse um cão, p'aí um cão da serra para a defender... qual donzela protegida no seu castelo e enclausurada,,, Acordem p'a vida... despertem,,, já são crescidinhos certo? E já agora será que não ouvem falar de uma coisa chamada Anti Praxe.... ou será que não lhes convém ouvir?...
Na minha opinião a praxe serve de integração, animação, conhecimento, etc etc... enfim divertimento... Fui praxado e quanta diversão, quanta animação, quantas amizades fantásticas que travei e ainda hoje são grandes amigos e amigas que nunca esquecerei! Uhm que saudades dos bons belos momentos de praxe! Um viva às praxes!...
Uma coisa é certa, infelizmente há quem não saiba o que é praxar e depois por causa do pecador paga o justo... mas não há-de ser nada. Sou a favor das praxes enquanto motivo de integração, animação, conhecimento, farra, etc...
Que saudades ... Saudosismo Saudável!....

E muito mais haveria a dizer, mas, David, vou ficar por aqui senão ninguém depois há-de ler isto por ser tão grande....

E para as praxes não vai nada nada nada?.... Então com toda a pujança, toda a ... ( no resto vcs sabem!...)

"Olha como é bom... COMO É BOM!.... "

Anónimo disse...

Boas tardes. Praxe,sempre um bom tema pa se discutir, sem dúvida nenhuma. Como sou caloira, este tema adapta-se perfeitamente a nós. Ora bem, quando entrei pa univ. já tinha uma pequena ideia do que era a praxe e do k faziam. Só não sabia que durava axim tanto tmp lol, mas tass n há crise, a malta até se diverte falo por mim. Não me declarei anti-praxe, e sinceramente não percebo pk é k há malta k se declara, mas respeito essas pessoas.
P'ra mim, praxe tem haver kom divertimento, conhecimento e integração. Essas 3 palavras chegam para definir o que é a praxe. E desde que cá estou consegui integrar-me, divertir-me e conheçer malta nova! E espero que seja assim durante mt tmp. Acima de tudo há que ter espírito académico para se entrar nas praxes e tb há que saber praxar! Isso é fundamental,pk p´ro ano nós tb iremos praxar.
Fui praxada e continuo a ser, e até agr nunca ninguem passou dos limites. Outra coisa que não entendo é que há malta que foge as praxes, porque é que essas pessoas nao se declaram anti-praxe?:s enfim..já nao sei que dixer mais, espero ter escrito algo de jeito lol. E continua a escrever esses textos que tão mt à frente.jinhus Andreia